domingo, 9 de outubro de 2016

LISTA DE EXERCÍCIOS (TAREFA) VESTIBULAR DA UNESP - VISTO DIA  17/10/16
(Vestibular meio de ano/16 - 15.05.16)

1- Examine a tira do cartunista André Dahmer.
O personagem retratado revela um temperamento
(A) irresponsável e agressivo.
(B) contestador e visionário.
(C) ingênuo e complexado.
(D) amargurado e desiludido.
(E) conservador e autoritário.

 Leia a fábula “O morcego e as doninhas” do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?) para responder às questões de 2 a 3.

Um morcego caiu no chão e foi capturado por uma doninha1.
Como seria morto, rogou à doninha que poupasse sua vida.
– Não posso soltá-lo – respondeu a doninha –, pois sou, por natureza, inimiga de todos os pássaros.
– Não sou um pássaro – alegou o morcego. – Sou um rato.
E assim ele conseguiu escapar.
Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou a esta que não o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os ratos, ele afirmou que não era um rato, mas um morcego. E de novo conseguiu escapar.
Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para ter a vida salva.
(Fábulas, 2013.)
1 doninha: pequeno mamífero carnívoro, de corpo longo e esguio e de patas
curtas (também conhecido como furão).

2- Depreende-se da leitura da fábula a seguinte moral:
(A) Adaptar-se às circunstâncias: eis a forma de escapar dos
perigos.
(B) Mais vale uma vida simples e sem inquietações do que
viver em meio ao luxo com um medo devastador.
(C) Às vezes, quando a sorte abandona os mais poderosos,
eles podem precisar dos mais humildes.
(D) Aqueles que, por vaidade, se fazem maiores do que realmente
são acabam se arrependendo amargamente.
(E) Devemos nos contentar com o que temos e evitar a ganância.

3- “Como seria morto, rogou à doninha que poupasse sua
vida.” (1o parágrafo)
Em relação à oração que a sucede, a oração destacada tem
sentido de
(A) proporção.
(B) comparação.
(C) consequência.
(D) causa.
(E) finalidade.

4- “– Não sou um pássaro – alegou o morcego.” (3o parágrafo)
Ao se transpor este trecho para o discurso indireto, o verbo
“sou” assume a seguinte forma:
(A) era.
(B) fui.
(C) fora.
(D) fosse.
(E) seria.

Leia o trecho extraído do livro A dança do universo do físico brasileiro Marcelo Gleiser para responder às questões de 5 a 8.

    Durante o século VI a.C., o comércio entre os vários Estados gregos cresceu em importância, e a riqueza gerada levou a uma melhoria das cidades e das condições de vida. O centro das atividades era em Mileto, uma cidade-Estado situada na parte sul da Jônia, hoje a costa mediterrânea da Turquia.
Foi em Mileto que a primeira escola de filosofia pré-socrática floresceu. Sua origem marca o início da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da ciência moderna. De acordo com Aristóteles, Tales de Mileto foi o fundador da filosofia ocidental.
    A reputação de Tales era legendária. Usando seu conhecimento astronômico e meteorológico (provavelmente herdado dos babilônios), ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de antecedência. Sendo um homem prático, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de
azeite de oliva da região e, quando chegou o verão, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna.
    Supostamente, Tales também previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da guerra entre os lídios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difícil, Tales respondeu: “Conhecer a si próprio”. Quando lhe perguntaram o que era fácil, respondeu:
    “Dar conselhos”. Não é à toa que era considerado um dos Sete Homens Sábios da Grécia Antiga. No entanto, nem sempre ele era prático. Um dia, perdido em especulações abstratas, Tales caiu dentro de um poço. Esse acidente aparentemente feriu os sentimentos de uma jovem escrava que
estava em frente ao poço, a qual comentou, de modo sarcástico, que Tales estava tão preocupado com os céus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus pés.

(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

5- “Sua origem marca o início da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da ciência moderna.”
(1o parágrafo)
O pronome em destaque refere-se a
(A) “cidade-Estado” (Mileto).
(B) “ciência moderna”.
(C) “grande aventura intelectual”.
(D) “primeira escola de filosofia pré-socrática”.
(E) “costa mediterrânea da Turquia”.

6- Em “Tales também previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C.” (3o parágrafo), o termo destacado exerce função de
(A) adjunto adnominal.
(B) adjunto adverbial.
(C) sujeito.
(D) objeto indireto.
(E) objeto direto.

7- O sarcástico comentário da jovem escrava de que “Tales estava tão preocupado com os céus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus pés” (3o parágrafo) alude sobretudo à seguinte oposição:
(A) razão x loucura.
(B) determinação x hesitação.
(C) liberdade x escravidão.
(D) compaixão x aversão.
(E) abstração x concretude.

8-A hipérbole é uma figura de palavra que consiste no exagero verbal (para efeito expressivo): “já disse mil vezes”, “correram mares de sangue”.
(Celso Pedro Luft. Abc da língua culta, 2010. Adaptado.)
Verifica-se a ocorrência de hipérbole no seguinte verso:
(A) “Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.”
(B) “Mal sei como conduzir-me na vida”
(C) “Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.”
(D) “Se ao menos endoidecesse deveras!”
(E) “Esta angústia que trago há séculos em mim,”

9- Leia a charge.
O cartum evidencia um desafio que o tema da inclusão social impõe às democracias contemporâneas. Esse desafio exige a combinação entre

a. participação política e formação profissional diferenciada.
b. exercício da cidadania e políticas de transferência de renda.
c. modernização das leis e ampliação do mercado de trabalho.
d. universalização de direitos e reconhecimento das diferenças.
e. crescimento econômico e flexibilização dos processos seletivos.

10- "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." Amyr Klink, Mar sem fim.


Na frase "que nos faz professores e doutores do que não vimos", o pronome sublinhado retoma a expressão antecedente

 “para lugares”.
 “o mundo”.
 “um homem”.
 “essa arrogância”.
 “como o imaginamos”.

11-TEXTO 


01 Aquele fogão velho, hoje extinto - bota mais
02 lenha, tem feijão cozinhando -, era muito importante
03 na minha casa. Mas ele subsiste, porque as palavras
04 são capazes de atiçar-lhe o fogo. Outro fogo.
05 Imersa no tempo, a casa também se foi. Mas ela
06 não desapareceu. Ainda existem as árvores, aquela
07 taipa velha e bonita, a fonte no canto superior do
08 parreiral. Essas coisas ficaram lá, nos arredores de
09 1950. Porém eu as permaneço através das palavras.

PAN, Alcides. A expressão oral e escrita. Porto Alegre: Audiovisão Prod., 1980

A frase que sintetiza a ideia central do texto é:


 As recordações da infância são as que mais marcam o ser humano.
 O homem perpetua o transitório mediante a linguagem.
 Recordar é viver, repetem com frequência os saudosistas.
 Tudo passa, menos as recordações da infância.
 A palavra é o elo que une o passado, o presente e o futuro.

Texto para as questões 12 e 13
Curiosa palavra. Idoso. O que acumulou idade. Também tem o sentido de quem se apega à idade. Ou que a esbanja (como gostoso ou dengoso). Se é que não significa alguém que está indo, alguém em processo de ida. Em contraste com os que ficam, os ficosos... Preciso começar a agir como um idoso. Dizem que, entre eles, idoso não fala em quem chega à velhice como alguém que está à beira do túmulo. Dizem que está na zona de rebaixamento. Vou ter que aprender o jargão da categoria. 

Luís Fernando Veríssimo

12- O texto autoriza afirmar que o autor 
a) se sente tão integrado ao grupo dos idosos, que passou a se comportar e a se expressar como eles. 
b) menciona um conjunto detalhado de mudanças de atitude no indivíduo da terceira idade, para destacar, entre elas, as relativas ao uso da linguagem. 
c) considera que as ações são mais representativas do que a linguagem para que se configure um grupo etário. 
d) incorpora a seu vocabulário expressões típicas do idoso, mostrando-se adaptado a sua nova condição. 
e) emprega um processo de analogia para levantar a hipótese de que pode haver um sentido menos conhecido da palavra idoso.

13- Assinale a alternativa que contém expressão popular que, a exemplo de “estar na zona de rebaixamento”, pode funcionar como sinônima de “estar à beira do túmulo”. 
a) “Estar matando cachorro a grito”. 
b) “Estar por cima da carne seca”. 
c) “Estar no bico do corvo”. 
d) “Estar na crista da onda”. 
e) “Estar subindo pelas paredes”.


2 comentários:

  1. Assim Mali alternativa que contém uma expressão Popular que o exemplo de estar na zona de rebaixamento pode funcionar como sinônimo de está a beira do túmulo

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  2. A partir da leitura do texto e consideramos a atenção do público, podemos afirmar que

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